Já me disseram que tenho um dom. Não sei se é bem essa a palavra, de qualquer forma aquilo a que ela se refere é à capacidade que tenho de pôr em palavras exactamente o que sinto e exactamente o que quero expressar. A questão é que isso era algo que eu fazia de uma maneira perfeitamente natural. E dava-me prazer. Partir, sem me mexer um centímetro, e descobrir novas formas de me expressar, descobrir novos sentidos para as palavras, explorar o mais fundo possível para as minhas capacidades a minha língua, que por ser aquela com que aprendi a expressar-me é a única que me faz sentir.
E, repentinamente, tudo isso se foi. Deixei de conseguir escrever. Talvez a cabeça ocupada na adaptação a uma nova vida tenha contribuído, mas a desilusão foi o passo definitivo. Desilusão porque aquele que foi o expoente máximo de tudo o que escrevi até hoje foi votado à indiferença. Mais de 3 meses a escrever febrilmente, 108 páginas A4 que resultaram em nada. Aí percebi o raio de dom que tenho: é um dom relativo. Só existe para os meus amigos ou para as pessoas que me conhecem. No fundo, não há dom nenhum.
Estive muito tempo sem escrever. Até que apareceu alguém que me fez voltar a pegar na caneta, pela necessidade de exprimir no silêncio o que não posso gritar. A única razão que neste momento me faz escrever. Mas sei que só vai durar enquanto não souberes de nada, enquanto a ilusão me fizer sonhar. Se ao menos... ... ...
E, repentinamente, tudo isso se foi. Deixei de conseguir escrever. Talvez a cabeça ocupada na adaptação a uma nova vida tenha contribuído, mas a desilusão foi o passo definitivo. Desilusão porque aquele que foi o expoente máximo de tudo o que escrevi até hoje foi votado à indiferença. Mais de 3 meses a escrever febrilmente, 108 páginas A4 que resultaram em nada. Aí percebi o raio de dom que tenho: é um dom relativo. Só existe para os meus amigos ou para as pessoas que me conhecem. No fundo, não há dom nenhum.
Estive muito tempo sem escrever. Até que apareceu alguém que me fez voltar a pegar na caneta, pela necessidade de exprimir no silêncio o que não posso gritar. A única razão que neste momento me faz escrever. Mas sei que só vai durar enquanto não souberes de nada, enquanto a ilusão me fizer sonhar. Se ao menos... ... ...
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