Diálogo a três vozes (V)
(continuação)
Pensei que ela nunca mais fosse olhar para a minha cara, mas enganei-me. No dia seguinte a eu ter-lhe remetido a carta, a Maria viu-me e não me desprezou. Veio ter comigo, a morder o lábio inferior com um sorriso malandro e um brilho inconfundível no olhar. Nesse dia, os olhos dela estavam azuis. Sei-o, porque os vi muito perto, quando ela se aproximou. Tentei ensaiar uma frase, uma palavra que me permitisse explicar a carta e o rol de sentimentos inerentes a ela. Mas estava bloqueado, hipnotizado, completamente apaixonado. O único som que escapou da minha boca foi um estúpido "olá". Ela riu do meu embaraço.
- Não precisas de dizer nada. Não digas nada, Luís.
Acariciou-me a cara com as mãos macias. Eram tão suaves! E depois esticou-se, em bicos de pés. Engoli em seco. Seria possível? Agarrou-me pela nuca, fechou os olhos e depositou-me um beijo sobre os lábios, tímido, como ela, mas senti-o cheio de amor. Naquele instante, para mim o mundo parou. Quando se afastou, disse-me que já tinha reparado em mim, mas nunca tivera coragem de o mostrar. Fugiu logo de seguida, não convinha que fôssemos vistos. E eu fiquei ali, paralisado, com um sorriso aparvalhado a dançar-me nos lábios, a vê-la desaparecer do meu horizonte, ao mesmo tempo que entrava no meu coração, para nunca mais sair. Soube naquele preciso momento que seríamos muito felizes.
Não perdi tempo, e no dia seguinte falei com o pai dela. Gostou de mim e aceitou-me como namorado da Maria. Desse dia em diante, fomos, oficialmente, namorados. Mesmo depois de casados, fomo-lo sempre, mantivemo-nos apaixonados até ao dia em que ela... em que ela... morreu.
Já foi há vinte anos e ainda não acredito.
(continua)
Pensei que ela nunca mais fosse olhar para a minha cara, mas enganei-me. No dia seguinte a eu ter-lhe remetido a carta, a Maria viu-me e não me desprezou. Veio ter comigo, a morder o lábio inferior com um sorriso malandro e um brilho inconfundível no olhar. Nesse dia, os olhos dela estavam azuis. Sei-o, porque os vi muito perto, quando ela se aproximou. Tentei ensaiar uma frase, uma palavra que me permitisse explicar a carta e o rol de sentimentos inerentes a ela. Mas estava bloqueado, hipnotizado, completamente apaixonado. O único som que escapou da minha boca foi um estúpido "olá". Ela riu do meu embaraço.
- Não precisas de dizer nada. Não digas nada, Luís.
Acariciou-me a cara com as mãos macias. Eram tão suaves! E depois esticou-se, em bicos de pés. Engoli em seco. Seria possível? Agarrou-me pela nuca, fechou os olhos e depositou-me um beijo sobre os lábios, tímido, como ela, mas senti-o cheio de amor. Naquele instante, para mim o mundo parou. Quando se afastou, disse-me que já tinha reparado em mim, mas nunca tivera coragem de o mostrar. Fugiu logo de seguida, não convinha que fôssemos vistos. E eu fiquei ali, paralisado, com um sorriso aparvalhado a dançar-me nos lábios, a vê-la desaparecer do meu horizonte, ao mesmo tempo que entrava no meu coração, para nunca mais sair. Soube naquele preciso momento que seríamos muito felizes.
Não perdi tempo, e no dia seguinte falei com o pai dela. Gostou de mim e aceitou-me como namorado da Maria. Desse dia em diante, fomos, oficialmente, namorados. Mesmo depois de casados, fomo-lo sempre, mantivemo-nos apaixonados até ao dia em que ela... em que ela... morreu.
Já foi há vinte anos e ainda não acredito.
(continua)
3 Comments:
Minha Santa (lol), continua k tas a ir mt mt mt bem.. ta msm lindo.. tou a adorar!
(bigada po teres ido ontem, foi mt importante pa mim)
adoro-te*
continua .. =Pp
Ja ta a ficar mt triste, pah!
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