Diálogo a três vozes (III)
(continuação)
Era linda! Infelizmente, não a conheceste no auge de toda aquela beleza. O sorriso encandeava-me e os olhos, que nunca cheguei a saber se eram verdes ou azuis, prendiam os meus com a força de um íman. Os cabelos aloirados esvoaçavam levemente ao vento quando ela passava no seu andar gracioso.
Quando nos vimos pela primeira vez – pelo menos, quando eu a vi –, eu era transparente no caminho da Maria. Nem olhava para mim. Mas eu estava completamente apaixonado. Tinha de lutar! As hipóteses de ela reparar em mim eram remotas, mas se eu não lutasse, seriam de zero. Comecei por escrever anonimamente, que a vergonha era grande. E ela gostava! Sentia-se em êxtase com as palavras transbordantes de amor que lhe dedicava. O facto de não saber a sua origem aguçava ainda mais o apetite que a Maria tinha por elas. Algumas semanas depois, não fazia sentido continuar no anonimato. Escrevi outra vez, a mais pequena, mas mais importante carta que lhe escrevera, e assinei. Luís Batalha.
Sei-a de cor. Queres lê-la? Olha...
(continua)
Era linda! Infelizmente, não a conheceste no auge de toda aquela beleza. O sorriso encandeava-me e os olhos, que nunca cheguei a saber se eram verdes ou azuis, prendiam os meus com a força de um íman. Os cabelos aloirados esvoaçavam levemente ao vento quando ela passava no seu andar gracioso.
Quando nos vimos pela primeira vez – pelo menos, quando eu a vi –, eu era transparente no caminho da Maria. Nem olhava para mim. Mas eu estava completamente apaixonado. Tinha de lutar! As hipóteses de ela reparar em mim eram remotas, mas se eu não lutasse, seriam de zero. Comecei por escrever anonimamente, que a vergonha era grande. E ela gostava! Sentia-se em êxtase com as palavras transbordantes de amor que lhe dedicava. O facto de não saber a sua origem aguçava ainda mais o apetite que a Maria tinha por elas. Algumas semanas depois, não fazia sentido continuar no anonimato. Escrevi outra vez, a mais pequena, mas mais importante carta que lhe escrevera, e assinei. Luís Batalha.
Sei-a de cor. Queres lê-la? Olha...
(continua)
4 Comments:
Escreves bem demais.
Arrepiei-me.
Sinto-me bem ao ler o que escreves. Sinto-me fora da minha realidade, dentro de outra. Porque o sentimento que transborda das palavras é um gigante que me envolve na totalidade.
Esqueço-me de mim, por momentos...
Sei que entras na personagem quando escreves, mas há sempre um toque teu, uma influência da tua vida, da tua personalidade e de todas as pessoas que passaram por ti e te marcaram.
Eu gosto, e muito!
Gosto de ouvir uma voz dentro de mim que lê as tuas palavras, que lê bem alto para conseguir apanhar cada pormenor.
E, mesmo sem passares por algumas situações que muitas vezes descreves, sabes fazê-lo de uma maneira tão próxima, tão real que parece que, um dia, já as viveste. Na verdade, vives mas apenas no pensamento.
E como é difícil transmitir os pensamentos... Tu consegues, de uma forma indescritivel.
Adorei! Quero ler tudo, sem dúvida
Olha outra! Fogo, q duas gjas sobredotadas! Te mete nojo! =P
ass: a burra do grupo.
Deixa lá, Inês. Não te sintas inferiorizada... xD
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